quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Beacon: o GPS que ajuda sua marca a localizar as melhores oportunidades

Precisão, personalização e praticidade: conheça os beacons, estes pequenos dispositivos de localização via bluetooth que podem fazer grandes coisas pelas suas operações
Se você está pesquisando sobre beacons, certamente deve ter ouvido falar deles por aí. E a tendência é que ouça com uma frequência cada vez maior. Porque, embora muito recente, o termo beacon designa um pequeno dispositivo que vem ganhando cada vez mais destaque, sobretudo nas lojas de varejo. E nós não poderíamos deixar de te contar mais sobre uma novidade que pode oferecer várias oportunidades de negócio.
O que são exatamente os beacons?
A tradução imediata é “farol”. E de fato, os beacons operam como um. Afinal, de acordo com este artigo, um beacon é um minúsculo dispositivo que emite sinais por meio de tecnologia bluetooth low energy, também conhecida como bluetooth 4.0. Os sinais podem ser captados por aplicativos de smartphones e tablets. Desta forma, podem ser interpretados como gatilho para uma determinada ação no app.
OU SEJA, O BEACON É UMA ESPÉCIE DE GPS INDOOR QUE CONSEGUE LOCALIZAR, COM PRECISÃO INCRÍVEL, POR QUAL GÔNDOLA UM CLIENTE CAMINHA DENTRO DE UMA LOJA DE DEPARTAMENTOS, POR EXEMPLO.
Assim, esse pequeno dispositivo consegue enviar ofertas altamente personalizadas a esse cliente, tendo como base o histórico com uma marca e a movimentação pelo ponto de venda.
Como é que funcionam os beacons?
Este artigo do Proxxima dá a palavra a um dos maiores defensores da novidade no Brasil: Sergio Percope, diretor da Pontomobi. De acordo com ele, os beacons trabalham em conjunto com os smartphones dos clientes, que devem estar com Bluetooth ativado – e também devem ter um aplicativo da loja instalado. É o beacon que fala com o cliente, por push notifications. “O aplicativo não precisa estar rodando, mas é nele que estará arquivado todo o histórico do cliente com a loja. E isso, sim, é o que possibilita a oferta de mensagens praticamente individualizadas”, explica Percope.
Outro entusiasta dos beacons é Bruno Ruffo, CEO da Kiddo Labs. Ele afirma que, por serem pequenos, utilizarem o bluetooth low energy e por serem extremamente precisos, os dispositivos possibilitam a distinção entre dois sensores a centímetros de distância. “Agora é possível identificar o consumidor que entra na loja, conhecer o seu trajeto ao caminhar pelas seções e apresentar, baseadas em seus hábitos de consumo, ofertas e informações exclusivas para cada produto com uma agilidade impressionante”, diz Ruffo.
Qual a diferença desse bluetooth low energy?
Em relação ao bluetooth comum, o BLE tem dois grandes diferenciais: o primeiro é que gera ondas de rádio, o que faz com que seja mais poderosa a sua penetração em meios físicos (paredes). E o segundo diferencial é que, como o próprio nome indica, o bluetooth low energy consome bem menos energia – apenas uma fração da bateria dos aparatos.
Mas, o beacon não funcionaria como as ações de bluetooth de antigamente?
Não, porque a tecnologia do beacon é muito mais personalizável. Ainda mais se você comparar com aquelas antigas ações de grandes lojas,em que elas pediam para que os clientes ativassem o bluetooth mas enviavam ofertas aleatórias, sem base alguma em suas preferências.
Afinal, faz muito mais sentido oferecer um rótulo novo de cerveja para alguém que sempre compra a bebida do que para uma senhorinha que só leva vegetais e chás, não?
Algum exemplo de como se utiliza um beacon?
Como muita gente ainda torce o nariz para a tecnologia, ela ainda não é vastamente utilizada. Mas há exemplos muito bacanas de aplicação de beacons: as lojas Apple, por exemplo. Se o cliente, por acaso, se aproxima da seção de iPhones com um aparelho antigo, o sensor dispara uma mensagem sugerindo o upgrade. Pode-se até realizar a compra pelo próprio celular.
Isso em se tratando de varejo, mas há muitos outros usos possíveis para os beacons. O vídeo abaixo mostra algumas dessas aplicações, como um restaurante pode aproveitar da tecnologia, enviando ofertas para clientes e viabilizando o pedido sem que eles tenham que comunicá-lo com os garçons, entre outras (em inglês):
O mesmo vale para cafeterias, supermercados, barbearias, tabacarias, farmácias… Enfim, qualquer estabelecimento comercial que queira sofisticar as relações com seus clientes.
Outra aplicação possível para os beacons diz respeito à circulação dentro de edificações. Sim, nos lugares onde o GPS não funciona direito, os dispositivos possibilitarão essa geolocalização indoor. Será possível até triangular os sinais para obter um posicionamento exato dentro de um estabelecimento. Já imaginou entrar em um prédio, escola, clube e ter um guia virtual na sua mão para encontrar os lugares que procura?
Um outro uso para os beacons se relaciona ao conceito de internet das coisas, que abordamos neste artigo. Muito resumidamente, a internet das coisas é a conexão que se estabelece entre geladeiras, luzes, ar condicionados, televisões e demais aparelhos. Os beacons, assim, agiriam como facilitadores, para configurar um ambiente de acordo com a pessoa que lá está.

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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Scrum: Agilidade em projetos

Scrum é uma metodologia ágil para gestão e planejamento de projetos de software. No Scrum, os projetos são dividos em ciclos (tipicamente mensais) chamados de Sprints. O Sprint representa um Time Box dentro do qual um conjunto de atividades deve ser executado.
Metodologias ágeis de desenvolvimento de software são iterativas, ou seja, o trabalho é dividido em iterações, que são chamadas de Sprints no caso do Scrum.
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As funcionalidades a serem implementadas em um projeto são mantidas em uma lista que é conhecida como Product Backlog. No início de cada Sprint, faz-se um Sprint Planning Meeting, ou seja, uma reunião de planejamento na qual o Product Owner prioriza os itens do Product Backlog e a equipe seleciona as atividades que ela será capaz de implementar durante o Sprint que se inicia. As tarefas alocadas em um Sprint são transferidas do Product Backlog para o Sprint Backlog.
A cada dia de uma Sprint, a equipe faz uma breve reunião (normalmente de manhã), chamada Daily Scrum. O objetivo é disseminar conhecimento sobre o que foi feito no dia anterior, identificar impedimentos e priorizar o trabalho do dia que se inicia.
Ao final de um Sprint, a equipe apresenta as funcionalidades implementadas em uma Sprint Review Meeting. Finalmente, faz-se uma Sprint Retrospective e a equipe parte para o planejamento do próximo Sprint. Assim reinicia-se o ciclo. Veja a ilustração abaixo:
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Cerimônias
No Scrum há 4 cerimonias a saber:
Sprint Planning Meeting: É uma reunião onde os três papéis do Scrum estão presentes onde o Product Owner explica para o Development Team o detalhamento de cada produto e o Development Team estima o esforço de cada produto através da técnica Planning Poker. O resultado dessa reunião será de uma lista priorizada dos produtos e o Development Team irá se comprometer a entregar o que ela julga ser capaz, sem sofrer nenhum tipo de pressão do Product Owner ou de qualquer outra pessoa. A Definição de Pronto de cada produto deverá ser estabelecida nesta etapa, uma vez que durante a Sprint Review Meeting cada produto será confrontado com a Definição de Pronto de cada produto. Para saber mais sobre a técnica Planning Poker, acesse aqui.
Daily Scrum Meeting: É uma reunião diária feita somente entre os membros do Development Team com duração de 15 minutos, e é recomendado que seja feito no mesmo local. Cada membro precisa responder três perguntas: o que você fez da última reunião até agora? o que você fará até a próxima reunião? há algum impedimento que impeça suas atividades? Caso haja algum impedimento, o Scrum Master precisa ser acionado. Tanto o Scrum Master quanto o Product Owner podem participar da reunião, no entanto, não podem influenciar e devem estar apenas de corpo presente, sem falar uma única palavra, salvo o Scrum Master, caso o Development Team esteja violando algum processo do Framework Scrum.
Sprint Review Meeting: É a reunião onde todos os papéis participam e o Development Team apresenta as entregas dos produtos funcionando para o Product Owner, onde este poderá aceitar ou não. O Product Owner, se desejar, poderá convidar outras pessoas para participar desta reunião. E cada produto será confrontado com a Definição de Pronto realizada durante o Sprint Planning Meeting.
Sprint Retrospective Meeting: É uma reunião realizada após o término de cada Sprint entre os membros do Development Team de lições aprendidas, onde serão abordados o que foi mal e o que precisa ser melhorado para a próxima Sprint e o que foi bem e que precisa ser mantido para a próxima Sprint.
Artefatos
No Framework Scrum há 4 artefatos a saber:
Product Backlog: É a lista de produtos que o projeto precisará entregar, muitas das vezes os produtos são descritos em forma de estórias (Users Stories), como por exemplo: “Como professor gostaria de acessar o sistema de notas online para que possa consultar as notas dos meus alunos em qualquer lugar que eu esteja.”
Sprint: É o período de tempo que leva de 2 a 4 semanas para serem desenvolvidos os produtos planejados para a Sprint corrente.
Sprint Backlog: São os produtos selecionados pelo Development Team e na ordem priorizada pelo Product Owner na qual o Development Team se compromete à entregar na Sprint corrente.
Burndown Chart: É o gráfico de acompanhamento diário do andamento das atividades durante a Sprint. No eixo Y do gráfico é o indicativo dos pontos e no eixo X é o indicativo do tempo.
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